sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

CHATOS, CHATICES, ETC E TAL

                                                       


                                               




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  • Humanos e desumanos :
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  • Meus incontáveis leitores, uma massa gigantesca de humanos e desumanos acamparam em frente a minha mansão de estilo bávaro.Mostrando placas e faixas para que eu me manifestasse. A eleição tinha passado. Eu não me candidatei. Daí a minha estranheza… O calor reinava. Poderia, como economia( e, os tempos são favoráveis!) fritar algum ovo na calçada.Coloquei aquela blusa transparente, onde dois punhais apontavam para o infinito.Short azul turquesa das Antilhas e aquelas sandálias douradas italianas de salto, apoiavam roliças coxas.Minha pele bronzeada do Caribe, contrastava com o cabelo louro, livre, leve e solto.Quando apareci na sacada estilo art noveau, um frisson tomou conta da multidão.Estava, como sempre, sem falsa modéstia, deslumbrante.

  • Após meus torneados e languidos braços, pedirem silencio, no que fui atendida, iniciei: “Agradeço a presença de todos(as), e, por motivo de uma rouquidão, não falarei. Motivo:Tinha dublado Rita Hayworth em New York e nevava na grande maçã. Mas escreverei em meu blog,breve. Prometo, o que me pedem."

  •  Minha fiel governanta Goldawasser( Golda) junto com meu não menos fiel  motorista hindu Neca Di Pitibiriba( Piti para os íntimos), de luvas brancas, e a vasta criadagem serviram limonada ( limões da Sicília) gelada para o povo, que após matarem a sede foi se dispersando, pacificamente. Assim:

  •  A chatice é cronica.As vezes irrecuperável. Na minha família os chatos se multiplicam, feito formigas.

  •  O Dorival( Dori para os íntimos) só falava dando uma catucada com o dedo, no corpo do outro(a). Já imaginou um cara deste conversando com alguém um longo assunto e a cada frase, o seu dedo indicador trabalha junto com sua fala. É demais… Uma das razões de nossa separação foi esta: meu lindo corpitcho cravejado de roxo.
  • Tia Lacraia era outra: Após cada frase, engatava um “entendeu”.De uma feita, falando pelos cotovelos, tia Lacraia, falou 84( oitenta e quatro!)vezes“entendeu”…Contados sorrateiramente pelo neto Juniorialdo.  Não há ser humano que aguente.Quando chegava em uma reunião familiar, as pessoas se entreolhavam e a senha para fugir dali era: entendeu?... Ela nunca entendeu a dispersão familiar em torno dela…
  • Tia Vyborah, quando ia ao cinema , tinha o mau hábito de mexer a perna direita, resultando em chutar o assento à sua frente. Um transtorno e infelicidade para quem estava sentado. Quando a cena era de uma forte emoção, tia Vyborah chutava com vontade a poltrona do espectador. Este, de uma feita , exasperou-se e levantando-se, falou impropérios para a infeliz… As luzes se acenderam. A sessão foi suspensa. Tia Vyborah, foi considerada persona non grata nos cinemas da cidade.

  • Tio Anaconda, cuspia a cada passo que dava também a cada frase proferida.Era um assombro, ou melhor, uma vergonha. Quando criança colocaram, maldosamente o apelido de cachoeira… Jogando futebol, molhava o gramado com seu cuspe. Era tão constante o cuspe, que matava baratas, escorpiões, etc com aquele nojento jato chato.Outro que, para qualquer aproximação, o uso de lenço era imprescindível.

  • Primo Gorgyah colocava o som do carro nas alturas. E, como mudava de carro a cada ano, mais potente era o som. Um inferno.Nem ele aguentava. Uma vez , parado pela polícia, não ouviu nada do guarda, muito menos do delegado. Maldosamente chamado de estrondo.Perdeu a carteira de motorista  e a audição…

  • Prima Fellycia tem como hábito falar só tragédias, dramas, infortúnios. Não ouvi nada fora deste contexto, de seus trêmulos lábios.Invicta, nunca casou.          Dizem que tem uma coleção de morcegos, em sua casa, chamada pela família de caverna. Veste-se de preto da cabeça aos pés.  Um espectro. Fantasmagórica. É um arauto da tragédia. Quando liga e sempre liga: alguém morreu ou está prestes…Adora falar em doenças. As dela eram mais graves, comparando com as outras pessoas.Sua linha telefônica foi interditada.

  • Assim como os personagens citados( toda e qualquer semelhança é mera coincidência) a vida tem momentos de extrema chatice, convenhamos. Mas, imersa em minha banheira semi olímpica turca, com sais aromáticos finlandeses e fumando um cubano autêntico, a chatice fica menos chata.
  • f.a


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

RESPONDENDO (ÀS VEZES) AOS LEITORES 01





                                                  

Humanos/desumanos:


Após o frugal café da manhã: frutas dos Andes, leite desnatado suíço, pães integrais italianos, brioches franceses, sucos do Caribe, água mineral dos Pirineus, queijos da Alsácia, etc. fui para o meu refrigerado salão grená estilo bávaro normando, perfumado com incenso natural de lavanda da Mongólia. O silencio, o frio e a penumbra envolviam o ambiente. Como sempre, pela manhã, eu estava deslumbrante: cabelos dourados, tez morena e aquele macio corpo escultural/curvilíneo escondido (?) num transparente roupão de seda egípcio.  Sentada na chaise longue finlandesa, comecei a responder a uma imensidão de cartas, que a minha fiel governanta Goldawasser, organizou para mim. Assim:


 Estimada Flora alma:-“ Namoro uma adorável criatura.   Relacionamos-nos bem. Ocorre que a mesma é casada há 30anos, tem flia, filhos, e breve será avó. Isto tem me incomodado. Até porque, seu marido  é delegado de polícia. O que faço?...” Atenciosamente; JC (Porto da Madama-SG/RJ).

Caro atormentado pelo medo JC: - Continue (se possível) amigo desta adorável criatura. Quanto ao romance: para não acordar com a boca cheia de formiga: saia desta furada! Sua f.a


Querida Flora alma:- “Sou destaque da Escola de Samba da Comunidade. Tenho um corpo sarado e cheio de curvas. Sou mulata e me chamam de vulcão nos quadris quando sambo. Tenho um vizinho que tem uma cadelinha que late a noite toda. Não consigo dormir. Fui reclamar e ele me disse com rispidez, que a esposa podia ir embora, a cadelinha jamais!... É o amor (a cadelinha) de sua vida!... O que fazer?” Sempre sua O.A. (Brown Square (Largo do Marron)-Nikity/RJ).

Querida notívaga O.A.: Pergunte ao síndico se o condomínio permite ter cães no prédio. Caso sim e não consiga dormir, compre uma araponga e ao nascer do sol, coloque a gaiola com a mesma (araponga) na porta próxima do seu vizinho, que provavelmente está tendo um caso com a cadelinha. Se de tudo não adiantar, recomendo mudar: quem sabe um nobre europeu (eles adoram as moreninhas) queime na larva de seu vulcão! Tente, seja feliz e durma sonhando sem latidos.  Sua, f.a.


Amada Florinha:-“ Não consigo mais ter empregada, faxineira , cozinheira, etc. em casa. Meu marido, o Whanderson ( Whadinho, para os íntimos) fica de olho em todas, que empreguei até agora! É um velho babão, O Wadhinho, que não toma vergonha! O que devo de fazer? R.A.( Icaraí Gardens – Jardim Icaraí- Niterói/RJ)

Amada R.A.:- Converse com ele, seriamente! Caso persista, despeça-o (em vez das moças!) ou troque-o por outro!... Simples assim. Sua f.a.


Flora Alma:- “Meu marido Epaminondas já não é mais o mesmo: chega tarde a nossa casa, não me procura mais, pouco fala comigo, dorme na sala... Somos casados há 22 anos! Acho que ele está pulando o muro... O que devo de fazer? S.B. (Battle Square (Largo da Batalha)- Nikity/RJ)”.

Leitora preocupada S.B.: Pois é. 22 anos não são brincadeiras. A vida a dois é difícil. Quando eu repito que o casamento (leia-se contrato!) é o túmulo do amor, quero dizer que o casal deveria cuidar mais do amor e menos do casamento. Mas, no seu caso eu mudaria de quarto de dormir e... passado um breve tempo, faria o seguinte: Alta madrugada, bateria delicadamente na porta do quarto dele. Use a “tropa de choque”: coloque aquela roupa sexy, espartilho, cinta-liga, bem pintada/maquiada, perfumada, decote generoso, botas cano alto, máscara, chicote e outros apetrechos do gênero. Quando a porta (do quarto) abrir, diga que é Cleópatra e ele (peça para responder) como Marco Antonio. Caso não adiante, trate-o bem. Com delicadeza (mesmo!) um mês. Passado um mês, tenha uma conversa franca, honesta e civilizada. Não adiantando nada disto do exposto acima: vão à luta (vc e o Epa.), pule o muro (legalmente separada!) e sejam felizes! Sua f.a.


Florinha: “Tenho uma namorada, que gosto muito. Acontece que a mesma (namorada) gosta de apanhar durante o ato de amor. Pede, não suplica que lhe dê umas boas bordoadas, salpicadas de palavreado impróprio. Isto só lhe dá prazer, ela afirma. O que devo de fazer? W.G. (Honolulu-Hawaii/ USA)”.

Caro W.G.: Se isto lhe dá prazer, faça o que ela pede. Tome só o cuidado das intensidades e do vigor das bordoadas. Pois se ela desmaiar, ficarás na dúvida se foi fruto das bordoadas ou do prazer. Quanto aos palavrões, use e abuse (com ela, claro!): acalmam e revigoram. Seja feliz. Sua f.a.


Flora alma: Não nos agüentamos mais! Eu e Ghodofredo (Ghodinho) somos casados há 24 anos. Falamos pouco entre nós. Acabou. Em casa ele só dá atenção a esta praga chamada de celular. Minha sogra é um problema! Ele não freqüenta mais minha flia. Eu tb não freqüento a dele. Filhos crescidos e encaminhados. O que devo de fazer. J.U. (Vila Rosali-RJ)

Cara desesperada J.U.: Na vida tudo acaba. Até a própria. Conversem seriamente sobre a relação. Explique que o amor de vcs é mais importante que reuniões familiares. Siga o que eu aconselhei acima a leitora preocupada S.B. Deixe sua sogra fora disto (uma amiga, maldosamente, disse que sogra deveria ter 03 dentes: um para abrir garrafa, outro para morder e o último para sorrir... Não concordo, mas...). Existem sogras que são maravilhosas. Suma com o celular dele. Faça tudo calma e suavemente. Assim, passado um tempo, a dupla celular /sogra continuar solicite (sem brigar!) as contas: já que o casamento é um contrato! Antes meu bem, depois meus bens!...Mas torço que tudo se ajuste. E, sejam felizes de qq maneira. Sua f.a.


Informamos aos incontáveis consulentes, que esta amada e discreta coluna não atende a solicitações que dizem respeito à política, futebol e religião.Rogo não insistir, e sinto muitíssimo pelas toneladas de cartas não respondidas.

Sempre sua;

f.a.