Meus incontáveis
leitores, uma massa gigantesca de humanos e desumanos acamparam em frente a
minha mansão de estilo bávaro.Mostrando placas e faixas para que eu me
manifestasse. A eleição tinha passado. Eu não me candidatei. Daí a minha
estranheza… O calor reinava. Poderia, como economia( e, os tempos são
favoráveis!) fritar algum ovo na calçada.Coloquei aquela blusa transparente,
onde dois punhais apontavam para o infinito.Short azul turquesa das Antilhas e
aquelas sandálias douradas italianas de salto, apoiavam roliças coxas.Minha
pele bronzeada do Caribe, contrastava com o cabelo louro, livre, leve e
solto.Quando apareci na sacada estilo art noveau, um frisson tomou conta da
multidão.Estava, como sempre, sem falsa modéstia, deslumbrante.
Após meus torneados e
languidos braços, pedirem silencio, no que fui atendida, iniciei: “Agradeço a
presença de todos(as), e, por motivo de uma rouquidão, não falarei. Motivo:Tinha dublado Rita Hayworth
em New York e nevava na grande maçã. Mas escreverei em meu blog,breve. Prometo, o que me pedem."
Minha fiel governanta Goldawasser( Golda) junto com
meu não menos fiel motorista hindu Neca
Di Pitibiriba( Piti para os íntimos), de luvas brancas, e a vasta criadagem serviram
limonada ( limões da Sicília) gelada para o povo, que após matarem a sede foi
se dispersando, pacificamente. Assim:
A chaticeé cronica.As vezes irrecuperável. Na minha família os chatos se multiplicam,
feito formigas.
O Dorival( Dori para os íntimos) só falava
dando uma catucada com o dedo, no corpo do outro(a). Já imaginou um cara deste
conversando com alguém um longo assunto e a cada frase, o seu dedo indicador
trabalha junto com sua fala. É demais… Uma das razões de nossa separação foi
esta: meu lindo corpitcho cravejado de roxo.
Tia Lacraia era outra: Após
cada frase, engatava um “entendeu”.De uma feita, falando pelos cotovelos, tia Lacraia,
falou 84( oitenta e quatro!)vezes“entendeu”…Contados sorrateiramente pelo neto
Juniorialdo. Não há ser humano que
aguente.Quando chegava em uma reunião familiar, as pessoas se entreolhavam e a
senha para fugir dali era: entendeu?... Ela nunca entendeu a dispersão familiar
em torno dela…
Tia Vyborah, quando ia ao cinema , tinha o mau hábito de
mexer a perna direita, resultando em chutar o assento à sua frente. Um transtorno
e infelicidade para quem estava sentado. Quando a cena era de uma forte emoção,
tia Vyborah chutava com vontade a poltrona do espectador. Este, de uma feita ,
exasperou-se e levantando-se, falou impropérios para a infeliz… As luzes se
acenderam. A sessão foi suspensa. Tia Vyborah, foi considerada persona non
grata nos cinemas da cidade.
Tio Anaconda, cuspia a cada passo que dava também a cada
frase proferida.Era um assombro, ou melhor, uma vergonha. Quando criança
colocaram, maldosamente o apelido de cachoeira… Jogando futebol, molhava o
gramado com seu cuspe. Era tão constante o cuspe, que matava baratas,
escorpiões, etc com aquele nojento jato chato.Outro que, para qualquer aproximação, o
uso de lenço era imprescindível.
Primo Gorgyah colocava o som do carro nas alturas. E, como
mudava de carro a cada ano, mais potente era o som. Um inferno.Nem ele
aguentava. Uma vez , parado pela polícia, não ouviu nada do guarda, muito menos
do delegado. Maldosamente chamado de estrondo.Perdeu a carteira de
motorista e a audição…
Prima Fellycia tem como hábito falar só tragédias, dramas,
infortúnios. Não ouvi nada fora deste contexto, de seus trêmulos
lábios.Invicta, nunca casou. Dizem
que tem uma coleção de morcegos, em sua casa, chamada pela família de caverna.
Veste-se de preto da cabeça aos pés. Um
espectro. Fantasmagórica. É um arauto da tragédia. Quando liga e sempre
liga: alguém morreu ou está prestes…Adora falar em doenças. As dela eram
mais graves, comparando com as outras pessoas.Sua linha telefônica foi
interditada.
Assim como os personagens citados( toda e qualquer semelhança é
mera coincidência) a vida tem momentos de extrema chatice, convenhamos. Mas,
imersa em minha banheira semi olímpica turca, com sais aromáticos finlandeses e
fumando um cubano autêntico, a chatice fica menos chata.
Já estava com saudade de você e de seus casos. Lidar com chatos é mesmo muito difícil...tenho uma amiga, a Lindória, que parece demais com sua prima Fellicia...um arauto de más notícias. Fujo dela como o diabo da cruz.s
Amado leitor Alex F Correa: Generosas e amáveis palavras.Grata. Agradeço me ajudar nesta empreitada. Embora, se for no meu perfil/blogger encontrará o que procura. Sempre sua; f.a.
Já estava com saudade de você e de seus casos. Lidar com chatos é mesmo muito difícil...tenho uma amiga, a Lindória, que parece demais com sua prima Fellicia...um arauto de más notícias. Fujo dela como o diabo da cruz.s
ResponderExcluirAmada leitora Vanda Passos:
ResponderExcluirGrata pelas generosas palavras. Lindória vem de linda +dor... Fuja!! É a saída!!
Sempre sua;
f.a.
Já amei o seu blog! Muito incrível seu trabalho e já irei ler os próximos textos...
ResponderExcluirGabriela (Smiles) 😁
Amada leitora Gabriela:
ResponderExcluirAgradeço as generosas palavras. Ansiosa aguardo seus preciosos comentários. Smiles cada vez mais...
sua f.a.
Adorei a leitura lembrei de algumas situações já precensiadas.
ResponderExcluirFernanda .
Ed. Ilha de corfou.
Amada leitora Fernanda:
ResponderExcluirAgradeço as generosas palavras.
Continue lendo/comentando.
Sempre sua;
f.a.
Flora Alma, seu blog tem muitas surpresas incríveis! Senti falta de um índice com os títulos e assuntos. Fica a sugestão. Parabéns!
ResponderExcluirAmado leitor Alex F Correa:
ResponderExcluirGenerosas e amáveis palavras.Grata.
Agradeço me ajudar nesta empreitada. Embora, se for no meu perfil/blogger encontrará o que procura.
Sempre sua;
f.a.
Flora, deslumbrante! Que bom que esta caneta continua afiada! Do seu eterno leitor, Bentíssimo.
ResponderExcluirAmado e fiel leitor Bentinho:
ResponderExcluirAgradeço as generosas palavras. Mas, de vez em quando, necessário se torna, fazer a ponta do lápis...sempre sua, f.a.
6 de junho de 2020 15:09